Ele não respondeu, e ficou bem claro para Vanessa o quanto era leal ao patrão. Mas quando ele segurou o machado, disposto a recomeçar o trabalho que Efron interrompera, ela o impediu, segurando o braço que se erguia.
— Não vou sair daqui até ter certeza de que Pâmela tem todo o cuidado e atenção que merece. Entendeu, sr. Black?
Os olhos dele brilharam, embora a expressão do rosto continuasse inalterada.
— Sim, senhora. E pode me chamar de Billy, senhora.
— Vanessa — corrigiu ela, virando-se para a casa e acrescentando — Estou esperando que entreguem as compras. Assim, acho melhor recolocar aquela expressão séria no rosto. Afinal, é o que todos esperam, não é mesmo?
Billy olhou-a afastar-se, lutando para esconder um sorriso.
— Sim, senhora.
O doce aroma de algo assando espalhava-se pela casa, mesclando-se ao som de risadas. Aquilo o atraiu, embora descesse pela antiga escada de serviço, para não ser visto. Passagens escondidas atrás das paredes formavam um labirinto, através do qual podia mover-se sem ser visto, apesar de os corredores serem bem estreitos. Fazia muito tempo que não passava por lá, depois de tê-los descoberto. Não gostava da sensação de passar por eles, mas havia pessoas na casa, depois de anos em que ele e Billy haviam sido os únicos moradores. Mas agora ela estava ali, assando algo na cozinha. A vontade de vê-ia o atraía tanto quanto o aroma do que assava no forno. Mas, acima de tudo, era a risada límpida e espontânea que o atraíra. Podia distingui-la facilmente no meio das outras vozes. Havia algo em Vanessa Hudgens que lhe despertava sensações que julgara adormecidas. Ela o desafiava, provocava, mas Zachary sabia que, se cedesse à tentação de ver o rosto dela, teria muito a perder. A filha precisava de Vanessa, uma vez que ele não podia ficar com ela.
Parando no fim do corredor escuro, afastou um pouco o painel disfarçado que cobria a parede. Ela estava tirando uma assadeira do forno e colocando biscoitos num prato. Era uma cena tão doméstica, comum, algo que Tânia nunca se incomodara em fazer, que o pegou de surpresa. Havia três pessoas sentadas nos bancos altos. Vanessa ofereceu os biscoitos aos convidados. Convidados, ali, na casa dele. Pela primeira vez. Queria ficar zangado. Queria que fossem embora, pela simples razão de que não podia unir-se a eles.
E ao vê-la conversando, tão animada, seu isolamento parecia ainda mais difícil e amargo.
Mas ela era tão linda, os homens pareciam fascinados pelo que dizia. E então, quando Vanessa inclinou-se para colocar outra assadeira no forno, Zachary percebeu que todos olhavam as formas do corpo bem-feito. Será que os homens estavam ali movidos pela curiosidade em relação a casa, ou apenas por causa dela?
— É uma casa muito grande — disse o adolescente, que ele reconheceu como o entregador que trazia as compras.
— Sim, é enorme — respondeu ela, colocando colheradas de massa na forma.
— Apavorante — disse um dos homens, olhando ao redor.
— Adoro a casa — afirmou Vanessa. — É linda, charmosa. A arquitetura, as pedras, tudo lembra a história de muitas partes do mundo.
Era exatamente o que sentira ao ver a casa, pensou Zachary, inclinando-se para ouvir melhor.
— Você já o viu?
— É claro.
— É muito horrível?
Zachary esperou pela resposta, prendendo a respiração.
— Não tem nada de mais.
Nada de mentiras, nem de informações, e ele imaginou por que Vanessa estaria agindo assim.
— Então por que se esconde?
— Ele é um homem reservado, e talvez por não ter sido bem recebido... —Vanessa parou de arrumar os biscoitos e virou-se, fitando-os por cima do ombro. Zachary percebeu a determinação na voz dela. — E se alguém ousar fazer qualquer comentário na frente da filha dele, terei que mostrar como meu avô me ensinou a atirar muito bem. E também como tirar a pele dos animais que caçávamos.
Zachary disfarçou uma risada, e quando olhou novamente, os convidados riam, sem jeito, não muito certos se ela falava a sério ou não. Logo se despediam, agradecendo pelo café.
Vanessa acompanhou-os, fechando a porta assim que saíram. Voltando para o balcão, pegou a forma que acabara de encher e colocou-a no forno, no lugar da que já estava pronta. Não conhecia nenhuma criança que não gostasse de biscoitos de chocolate, e esperava que Pâmela não fosse uma exceção. Queria que a menina se sentisse bem-vinda naquela casa escura e silenciosa. De repente, percebeu que não estava sozinha e ergueu o olhar. Então o viu, uma sombra escura entre a parede do canto e a porta entreaberta da despensa.
Uma sombra grande, larga, da qual só podia ver o jeans surrado que cobria as pernas fortes. Como chegara até ali sem que o visse?
— Gostaria de pensar que a receita de biscoitos da minha avó o atraiu até aqui, mas não tenho ilusões.
— Linda e esperta.
Vanessa enrijeceu de imediato. Será que todos tinham que falar de sua beleza, nos primeiros dez minutos de conversa?
— Quer um biscoito?
— Não, obrigado.
— Não diga que é uma dessas pessoas que não gosta de biscoitos de chocolate...
— Não.
— Já sei. Não quer vir até a luz para pegá-lo, não é? Ele não respondeu.
— O que mais nega a si mesmo, ao escolher viver no escuro? — Ao falar, ela atirou um biscoito na direção dele.
A mão surgiu na luz, apanhando o biscoito no ar, e ela pôde ver o anel de sinete faiscar.
— E o que vai negar a Pâmela?
— Pesadelos, srta. Hudgens.
— Pode me chamar de Vanessa. E acho que está enganando a si mesmo.
— Não sabe nada a meu respeito, bela — zombou ele. Ela largou a espátula sobre o balcão, num gesto brusco.
— Tem razão, não sei. Assim como não sabe nada a meu respeito... fera. — Virando-se para o fogão, tirou a assadeira com os biscoitos prontos, colocando outra no lugar. Fechando os olhos, tentou, em vão, afastar as lembranças dolorosas. Vanessa... Rainha de beleza. De que lhe adiantara isso, se não tinha sequer conseguido manter o noivo, pensou, cerrando os punhos.
Zachary endireitou-se, imaginando por que estaria tão perturbada.
— Vanessa...
O nome foi pronunciado num tom rouco, sensual, oferecendo uma simpatia que ela não desejava. Os homens, as pessoas, em geral, notavam-lhe primeiro o rosto. Era natural. E Zachary era um homem. O que mais poderia esperar?
— Desculpe-me — disse Vanessa. — Fui muito cruel. Zachary já ouvira coisas piores.
— Deixei você furiosa. Diga por que.
— Não é nada. — Ela continuava arrumando os biscoitos, embalando-os em sacos plásticos.
— Mentirosa.
— Vamos começar de novo? — perguntou, baixinho. Abriu a geladeira e pegou um pedaço de carne e alguns legumes, que colocou sobre o balcão. Não se conheciam o bastante para falar sobre o passado dela, nem pretendia começar a lamentar-se. Tinha muito o que fazer, e não desperdiçaria energia com lembranças tristes. Depois de temperar a carne, voltou a colocá-la na geladeira.
Cortou os legumes cuidadosamente, tentando ignorar a presença máscula. Mas era impossível. O calor que emanava dele era tão forte, que parecia estar perto de uma fogueira.
Obs: Sem comentários, sem mais posts!
E dou o assunto por encerrado.Se querem posts mais rápidos, comentem mais rápidos.
estou a adorar a historia. por favor nao para de postar. POR FAVOR
ResponderExcluira historia ta começando a esquentar eu
ResponderExcluirto amando muito linda mesmo.posta sempre
por favor.
Amei o cap!
ResponderExcluirO Zac aos poucos está percebendo que a Vanessa veio para mudar a sua perspectiva!
O cap ficou lindo!
Posta logo
Bjos
Oi nova na fic
ResponderExcluirto amando muuuito linda
pooosta logo to curiosa p ver como eles vao ficar juntos
ai to adorando a fic! espero q a van veje logo o Zac de pertinho! bjus ahh e por favr nao pare de postar!
ResponderExcluirGanhou um selinho beijos http://zaknessa.blogspot.com/2011/03/dez-coisas-sobre-mim.html
ResponderExcluirOii, sou nova aquii.
ResponderExcluirE adoreii
Sua fic é incrivel.
Divulga?
http://jennie-story.blogspot.com/
OBG!
Oie, essa história é demais, vou te seguir.
ResponderExcluirOlha meu novo blog(só tem um ou dois capítulos ainda):
umloboemminhavida.blogspot.com
Finalment vc posto tava morrendo de curiosidade
ResponderExcluirsua fic eh linda
Bjoos
By:Joh
lindaaaa como sempre
ResponderExcluirmaor vc pode add meu blog vou ficar muito agradeçida
http://jemienelenaissonopodeserverdade.blogspot.com/
bjsss postaaa logooo