— Olá, sou Vanessa.
— Olá — respondeu a garota, sem mostrar o rosto. Katherine afastou-se um pouco, forçando Pâmela a fitá-la. Vanessaa sentou-se no chão, com as pernas dobradas sob o corpo, como se tivessem todo o tempo do mundo.
— Foi uma semana bem difícil, não é?
— Sim.
— Bem, agora vou cuidar muito bem de você, Pâmela. — A menina ainda parecia pouco à vontade. — Eu prometo. Sei fazer uma porção de coisas. Podemos brincar na praia, andar de bicicleta, e talvez andar a cavalo.
A idéia pareceu agradar, e Pâmela rezou, baixinho, para que ainda se lembrasse de como cavalgar.
— Seu pai tem três cavalos, e não acho que façam muito exercício. Teremos que cuidar deles.
— Viu meu pai?
A esperança na voz da menina fez o coração de Vanessa se apertar.
— Sim. Ele é muito simpático.
— Mamãe disse que ele foi ferido.
— Sua mãe tinha razão. Foi sim. Mas agora está bem. — Não pretendia assustar a menina com detalhes assustadores. — Só não gosta que fiquem olhando para ele.
As sobrancelhas de Pâmela ergueram-se, como se estivesse tentando entender por que não queria que olhassem para ele, se estava bem. Vanessa pretendia adiar o encontro dos dois, até que Pâmela estivesse acomodada e à vontade.
— Então, está pronta para ver sua nova casa?
Pâmela assentiu, mastigando a ponta do suéter que vestia. Vanessa estendeu a mão, tirando-o delicadamente da boca da menina.
— Fale. Não consigo ouvir o que está dentro da sua cabeça. A garotinha quase sorriu.
— Sim, senhora.
— Vai adorar, Pâmela. É um castelo, como o da Cinderela.
— Verdade?
— Verdade.
Vanessa levantou-se e estendeu a mão. Pâmela olhou para Katherine, suspirou, e então segurou a mão de Vanessa, que mal pôde esconder a alegria.
— Não gostaria de vir até a casa? — convidou. — Tomar um café, antes de pegar a outra balsa? — Algumas pessoas já passavam por elas, a caminho do barco.
Katherine sacudiu a cabeça.
— Acho melhor deixar que se conheçam melhor. Telefono mais tarde.
— Gostaria que fizesse isso — e, baixando a voz, completou: — Já que não há nada de temporário neste trabalho, e sabe bem disso.
— Ele precisa dela, Vanessa.
— Eu sei, mas... — Olhando para baixo, viu que a garotinha as observava, curiosa. Vanessa trocou um olhar com Katherine, indicando que poderiam conversar melhor ao telefone. Katherine sorriu, e inclinou-se para beijar Pâmela.
— Você vai ficar bem Pâmy. — disse Katherine abraçando Pâmela.A criança passou os braços em volta do pescoço de Kat, agarrando-se com força por alguns instantes. O coração de Vanessa apertou-se. Como devia sentir-se insegura e amedrontada, sendo Katherine a única pessoa que conhecia.
Kat acariciou as costas da menina, dizendo que a amava muito, e logo viria visitá-la. Pâmela soluçou, correndo para Vanessa, assim que Katherine soltou-a. Com um sorriso, Vanessa levou a criança até o carro, colocando-a no banco da frente. Depois de acomodar-se atrás do volante ligou o motor.
— Pronta?
Pâmela olhou-a com os olhos muito azuis e assentiu, mordiscando a ponta do suéter. Vanessa percebeu o brilho das lágrimas e inclinou-se, abraçando-a e sussurrando:
— Tudo vai dar certo, querida. Sei que está com medo. Os dedinhos delicados apertaram-na com força.
— Quero ir para casa.
Os olhos de Vanessa encheram-se de lágrimas. A menina parecia tão triste e perdida.
— Vou levá-la para casa, e será uma grande aventura descobri-la aos poucos. Não acha que vai ser divertido?
Pâmela deu de ombros, e Vanessa acariciou os cabelos brilhantes.
Tinham um longo caminho a percorrer juntas, e imaginou por quanto tempo ficaria ali. Ou se algum dia desejaria partir. Pois percebia que estava começando a amar aquela garotinha perdida.
No instante em que a casa apareceu na frente delas, Vanessa percebeu que Pâmela prendia a respiração, maravilhada, esticando o pescoço para ver melhor. Vanessa dirigiu pela estrada de terra, cheia de lombadas, até chegar à garagem, esperando que a vista da praia, do estábulo enorme e do grande jardim atraíssem Pâmela. E aconteceu, especialmente por causa do escorregador e do balanço, que não se encontravam ali no dia anterior. Parando o carro, desligou o motor.
Bem á quanto tempo, mas ainda bem que postaste estava curiosa. Cap.muito bom, estou a pensar como Zac vai lidar com a filha em casa.
ResponderExcluirAi que bom que vc voltou a postar!
ResponderExcluirAmei o cap!
Espero que o Zac apareça para a filha.
Posta logo
Bjos
minha nossa quase não acreditei quando
ResponderExcluirvi! que ótimo que você voltou,achei que você
não iria escrever mais!
amei muito esse cap, que bom que ela
já chegou aposto que o Zac vai espionar elas kkkkk
posta logo bjs